<font color=0094E0>«Força nenhuma nos consegue vencer»</font>
O Secretário-geral do PCP esteve na Região Autónoma dos Açores, e apelou, referindo-se às Eleições Regionais de 19 de Outubro, ao voto na CDU «como força que não engana, que tem uma só cara, uma só palavra».
As pessoas precisam de propostas e a CDU está preparada para as fazer
Esta visita coincidiu com a apresentação, sexta-feira, dos candidatos da CDU pelo círculo eleitoral da Ilha das Flores e, no sábado, da Ilha de São Miguel. «Por estar na vida, na luta, na intervenção, esta força política merece o voto dos açoreanos», afirmou, no sábado, Jerónimo de Sousa, lembrando que os candidatos do PCP e do Partido Ecologista «Os Verdes» têm, hoje, mais «confiança», «não porque a lei eleitoral foi alterada, tendo em conta o círculo de compensação», mas porque procuraram sempre «corresponder àquilo que são os esteiros, as aspirações, as reivindicações da população».
«Na pequena e na grande causa, na pequena e na grande luta, no pequeno e no grande problema, sempre, mas sempre, considerámos importante que a população açoreana merecia o melhor, numa visão de solidariedade e coesão nacional», acrescentou, valorizando a «simpatia» e a «amizade» dos açoreanos que «não estão distraídos da política nacional».
Neste sentido, referindo-se à visita na Ilha das Flores, o Secretário-geral do PCP acentuou que, também ali, «existem todas as condições, todas as potencialidades, para, de facto, eleger deputados».
«As pessoas desacreditaram-se desta maioria absoluta. Nós sabemos como é que ela foi conseguida: Aquele golpe de “magia” demonstrativo do poder sobre a comunicação social, quando na véspera das eleições (de 2004), uma jornalista informou que havia “empate técnico” entre o PS e o PSD», denunciou, interrogando-se: «O que é que os açoreanos ganharam em dar maioria ao PS, reduzindo o leque da pluralidade política no Parlamento Regional?».
«Muitos dos seus problemas foram silenciados, subestimados, bloqueados, e é por isso que hoje vêm ter connosco», respondeu Jerónimo de Sousa, alertando para o facto de haver outras pessoas «que estão prestes a baixar os braços, porque confiaram o seu voto nesta maioria ou nos outros partidos que frustraram as suas expectativas».
Combater a abstenção
É por isso que nas próximas eleições Regionais, valorizou Jerónimo de Sousa, é «preciso» e «necessário» combater a abstenção, votando na CDU, «como uma força que não engana, que tem uma só cara, uma só palavra. Aquilo que disse no Parlamento, disse-o sem ter voz no Parlamento. Neste quadro, existindo algum desencanto, perante esta maioria, é necessário fazer um esforço para não deixar-mos os açoreanos desiludidos.»
«As pessoas precisam de propostas e a CDU está preparada para as fazer», nomeadamente no plano do emprego, agricultura, saúde, nos transportes, entre outras. «A nossa linha não é ficar pela crítica. Tem que haver uma melhor distribuição da riqueza produzida na Região Autónoma dos Açores», defendeu.
Sobre o PS, que governa os destinos dos açoreanos desde 1996, o Secretário-geral do PCP acusou-o, «com todas as suas especificidades», de estar de acordo com a política do Governo central. Mas foi o BE que lhe causou mais estranheza, uma vez que nos seus materiais de campanha eleitoral defende a não aplicação do Código de Trabalho nos Açores. «O que nós deviamos exigir era que o PS impedisse que o Código de Trabalho se transformasse em lei da República. Isso sim seria importante para os interesses dos trabalhadores portugueses», afirmou. Sobre o PSD, disse que o PS, «tanto no plano continental como no plano regional», «está a fazer o que o PSD faria se estivesse em condições de ser governo».
«Se formos capazes de perceber que estamos armados de um projecto justo, útil, para a região e para o povo açoreano, força nenhuma nos consegue vencer», realçou o Secretário-geral do PCP.
Aníbal Pires acusa Governo Regional
PS esqueceu-se das pessoas
Nesta iniciativa, Aníbal Pires, coordenador regional do PCP e cabeça de lista por São Miguel, criticou a actual política de transportes no arquipélago, argumentando que esta «não serve os açorianos» e «impede o direito à mobilidade dos cidadãos».
«Não é aceitável que o pescado de São Jorge fique na placa do aeroporto por falta de capacidade de transporte», afirmou Aníbal Pires, lembrando que urge reduzir a dependência do transporte aéreo nos Açores.
Sublinhando que o voto na CDU é «útil», o candidato comunista acusou o Governo Regional PS de se ter esquecido das pessoas «para fazer obras um pouco por todo o lado». «Os indicadores económicos são claros. Há mais riqueza, mas também há indicadores que dizem que as assimetrias na distribuição dessa riqueza têm aumentado», disse.
«Na pequena e na grande causa, na pequena e na grande luta, no pequeno e no grande problema, sempre, mas sempre, considerámos importante que a população açoreana merecia o melhor, numa visão de solidariedade e coesão nacional», acrescentou, valorizando a «simpatia» e a «amizade» dos açoreanos que «não estão distraídos da política nacional».
Neste sentido, referindo-se à visita na Ilha das Flores, o Secretário-geral do PCP acentuou que, também ali, «existem todas as condições, todas as potencialidades, para, de facto, eleger deputados».
«As pessoas desacreditaram-se desta maioria absoluta. Nós sabemos como é que ela foi conseguida: Aquele golpe de “magia” demonstrativo do poder sobre a comunicação social, quando na véspera das eleições (de 2004), uma jornalista informou que havia “empate técnico” entre o PS e o PSD», denunciou, interrogando-se: «O que é que os açoreanos ganharam em dar maioria ao PS, reduzindo o leque da pluralidade política no Parlamento Regional?».
«Muitos dos seus problemas foram silenciados, subestimados, bloqueados, e é por isso que hoje vêm ter connosco», respondeu Jerónimo de Sousa, alertando para o facto de haver outras pessoas «que estão prestes a baixar os braços, porque confiaram o seu voto nesta maioria ou nos outros partidos que frustraram as suas expectativas».
Combater a abstenção
É por isso que nas próximas eleições Regionais, valorizou Jerónimo de Sousa, é «preciso» e «necessário» combater a abstenção, votando na CDU, «como uma força que não engana, que tem uma só cara, uma só palavra. Aquilo que disse no Parlamento, disse-o sem ter voz no Parlamento. Neste quadro, existindo algum desencanto, perante esta maioria, é necessário fazer um esforço para não deixar-mos os açoreanos desiludidos.»
«As pessoas precisam de propostas e a CDU está preparada para as fazer», nomeadamente no plano do emprego, agricultura, saúde, nos transportes, entre outras. «A nossa linha não é ficar pela crítica. Tem que haver uma melhor distribuição da riqueza produzida na Região Autónoma dos Açores», defendeu.
Sobre o PS, que governa os destinos dos açoreanos desde 1996, o Secretário-geral do PCP acusou-o, «com todas as suas especificidades», de estar de acordo com a política do Governo central. Mas foi o BE que lhe causou mais estranheza, uma vez que nos seus materiais de campanha eleitoral defende a não aplicação do Código de Trabalho nos Açores. «O que nós deviamos exigir era que o PS impedisse que o Código de Trabalho se transformasse em lei da República. Isso sim seria importante para os interesses dos trabalhadores portugueses», afirmou. Sobre o PSD, disse que o PS, «tanto no plano continental como no plano regional», «está a fazer o que o PSD faria se estivesse em condições de ser governo».
«Se formos capazes de perceber que estamos armados de um projecto justo, útil, para a região e para o povo açoreano, força nenhuma nos consegue vencer», realçou o Secretário-geral do PCP.
Aníbal Pires acusa Governo Regional
PS esqueceu-se das pessoas
Nesta iniciativa, Aníbal Pires, coordenador regional do PCP e cabeça de lista por São Miguel, criticou a actual política de transportes no arquipélago, argumentando que esta «não serve os açorianos» e «impede o direito à mobilidade dos cidadãos».
«Não é aceitável que o pescado de São Jorge fique na placa do aeroporto por falta de capacidade de transporte», afirmou Aníbal Pires, lembrando que urge reduzir a dependência do transporte aéreo nos Açores.
Sublinhando que o voto na CDU é «útil», o candidato comunista acusou o Governo Regional PS de se ter esquecido das pessoas «para fazer obras um pouco por todo o lado». «Os indicadores económicos são claros. Há mais riqueza, mas também há indicadores que dizem que as assimetrias na distribuição dessa riqueza têm aumentado», disse.